RIO DE JANEIRO E NITEROI

Poesia 49

RIO DE JANEIRO E NITEROI

Composição em 28 / 02 / 2012

//D/G/D// Rio de Janeiro e Niterói 

Aqui bem distante

Meu coração também dói.

//D/G/D// Eu já visitei

O Rio de Janeiro

É aqui no Brasil

Eu fiquei feliz

Por ser brasileiro. 

//D/G/D// Há tempos diseram os poetas

Que os barracões

“Pendurados nos morros”

“Sempre pedem socorro”

“As cidades aos seus pés”.  

//D/G/D// Sempre pedem socorro

E ninguém socorre

Sob a violência das tempestades

Os barracões moradias

Sucumbem aos pés das cidades.   

//D/G/D// Aquele prefeito com muita calma

Excelentes justificativas encontrou

Vendo barracões lamas e lágrimas

A correnteza para muito longe os levou.

//D/G/D// O que dizer do governador

Nem sarcasticamente sorriu

Sua culpa não assumiu

Pelas vítimas ninguém viu se chorou

Mas pelo pré-sal todos viram, ele chorou.   

//D/G/D// Autoridades ninguém viu se choraram

Pelos barracões e moradias

Que nas encostas rolaram

E as correntezas lamacentas

Sem cuidados para longe os levaram.

//D/G/D// Ningém precisa dizer

Aos senhores da arquitetura

E outros das engenharias

Nas encostas dos morros

Não se constrói moradias. 

//D/G/D// Nas encostas dos morros

Não se constrói barracões

Nem outros tipos de moradias

Só quem lá desejar viver

Em desconforto com suas famílias.

//D/G/D// Senhores governadores e prefeitos

Respondam-me bem cedinho nesta mnhã?

Onde estão investidos as arrecadações? 

Dos eventos dos maracanãs? 

//D/G/D// Senhores dos magistérios

Senhores dos magistrados

Respomdam-me rápido sem gaguejado

Para que servem seus títulos

Seus diplomas e seus legados.

//D/G/D// São muitas as denúncias

Correntes em todos os noticiários

Revelando inoperância bem articulada

Pelos poderes do executivo

Do legislativo e do judiciário.

//D/G/D// Já visitei o Rio de Janeiro

Lá tem das maravilhas do mundo

Arranha-céus e muitas riquezas

Encantos e belezas areoladas

Pela miséria e triste pobreza.

//D/G/D// Rio de Janeiro e Niterói

Aqui bem distante

Meu coração também dói.

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Registro na Biblioteca Nacional do RJ

Número: 4 5 4 3 8 9

Em 19 de março de 2 0 0 8

                          MoacirCardosoSilveira